Conversa com Dra. Lilian Tanaka, estagiária practitioner em florais de Bach
Há incompatibilidade entre a Metodologia BioFAO e os Florais de Bach?
Os Florais de Bach constituem um repertório de 38 essências ou florescências sistematizadas pelo médico Dr. Edward Bach, na Inglaterra, nos anos 30 do século passado. Os florais tocam o humano pela vida das emoções, mas constituem uma medicina integrativa. São reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde desde 1976.
Tem-se perguntado, com frequência, se é contraindicado associar os Florais ao BioFAO.
Conversamos com a médica Lilian Tanaka, que se encontra fazendo a formação em Florais de Bach (estagiária practitioner) pelo Bach Centre, e ela nos orientou em alguns aspectos importantes. Nosso objetivo aqui não é diferenciar e distinguir, no sentido de afastar, mas de compreender que, exatamente porque são processos distintos, podem se somar e não interagir de forma insatisfatória.
Uma questão básica entre as metodologias é que enquanto a Metodologia BioFAO só pode ser exercida por médicos e médicas, em função da administração de diagnósticos sérios, os Florais de Bach podem ser ministrados por terapeutas não especialistas. O Bach Centre explica que o papel do practitioner é de ser educador. Portanto ele tem como dever prover a consciência e explicar o porquê das escolhas ao cliente, sendo um facilitador do autoconhecimento e, portanto, da autocura. Por isso são chamados de clientes e não pacientes, porque o processo de cura é ativo e interior.
Mas em termos de distinção, diríamos que a homeopatia parte de uma substância originalmente ponderal, um componente físico (mineral, animal ou vegetal) que pode ser medido ou pesado – desde um veneno até mesmo a uma casca de ostra, que chamamos de naturezas homeopáticas, segundo a matéria médica. A substância passa por ultradiluições e sucussões de acordo com a potência desejada. Quanto maior a diluição, mais energético é, então maior é a potência, porque se afasta do material, até que se torne um componente livre de toxicidade e de natureza energética, ou uma informação eletromagnética, como dizemos, no caso da BioFAO.
Nos Florais de Bach, há dois métodos de preparo. No método chamado solar, as inflorescências são colocadas em cubas de vidro cristalinas, com água pura e fresca de nascentes, em um dado tempo de exposição ao Sol (normalmente 3 horas). Depois, todos os fragmentos são retirados e a água energizada passa a ser diluída em partes iguais de conhaque de uva (Brandy), formando a tintura-mãe, que será novamente diluída dando produção à solução Stock (concentrada). Esta solução é a que será comercializada e utilizada para o frasco de tratamento (2 gotas de cada Stock indicado, diluídas em água). No método de fervura, como explica Lilian, as inflorescências são fervidas por meia hora em água de nascente e passam pelo mesmo processo de diluição, sendo que a vibração de cura das flores aqui é transmitida através da ação do fogo e não da calidez do Sol.
As essências indicadas são estados de energia, mas apenas das flores e plantas em contato com a água, sob certas condições. Não há dinamização.
Há muitos médicos homeopatas que fazem uso de Florais de Bach. Aliás, no Instituto Hanhemanniano do Brasil já há um Curso Livre de Florais de Bach, evidenciando a sinergia entre estes sistemas que primam pela energia.