A mensagem dos Javalis Selvagens

A saga arquetípica ocorrida estes últimos dias nas cavernas da Tailândia desenhou, neste mundo manifesto, uma leitura do Grande Mistério da vida, trazendo consigo um sentimento de muita libertação para toda a humanidade, um alívio inconsciente e misterioso no coração dos seres humanos, uma mistura de esperança, o despertar de algo que foi muito além do que um salvamento de pessoas, mas que plasmou a representação de um resgate simbólico de algo ligado à essência mais profunda de nossa própria humanidade.
Nos estudos que fizemos por muitos anos sobre a geometria sagrada, conhecemos o dodecaedro, que inclui em sua geometria a flor da vida, representada, no cristianismo, pelos doze apóstolos, que com a chegada da décima terceira força, transforma-se no fruto da vida, e introduz o arquétipo do Salvador do mundo.
Essa geometria do Fruto da Vida representa a essência Crística mesma, a centelha divina, o cordeiro que habita as cavernas mais profundas de nossa alma, e que espera pela chegada da nossa consciência para resgatá-la deste frio gélido representado pelo nosso inconsciente, para que possa ocorrer um renascimento interior para um novo tempo.
Ao nível planetário, esse arquétipo volta a se expressar através deste episódio, na pele de doze crianças e um mestre budista, traduzindo o drama de nosso tempo, evocando esta essência – no intuito de mostrar ao mundo o estado atual deste arquétipo, neste momento crucial da humanidade.
E ao chamado da Grande Essência Mundi, o mundo inteiro respondeu, com solidariedade, com orações, com empenho e heroísmo, utilizando toda a sua tecnologia e esforços, buscando unidade de consciência, deixando notório que mesmo que a maioria das pessoas não tenha alcançando a profundidade do potencial simbólico deste chamado, essa essência vibrou forte no coração de todos.
A mensagem do Javali Selvagem que esse grupo representa veio contar para o mundo que o grande arquétipo do Amor está vivo e foi liberto das cavernas sombrias do mundo, deixando evidente, para toda a humanidade, que as forças do amor foram mais poderosas do que as forças do medo e da escuridão ilusória do mundo.
Uma história que ensina tantas coisas e toca a todos tão profundamente, simplesmente porque fala do drama de cada um nas cavernas de seu próprio coração. Fala também não só da sabedoria de quem espera no fundo da caverna pelo socorro, mas daqueles que desesperadamente vieram de todo o mundo para resgatar, de todo o lado humano que mostrou estar conectado ao chamado dessa essência que esse grupo representa, mostrando maestria em executar a melhor versão da mais grandiosa visão que o Grande Mistério da vida sonhou para este momento.
Sinto uma alegria no coração como se tivesse encontrado uma porta antiga e mágica, uma espécie de certeza de que a humanidade hoje conseguiu atravessar finalmente a porta do céu.