O que é Biocampo?
Descrito como um campo biológico de natureza holística, holográfica e global, de efeito organizador – que regula e coordena todas as funções da vida –, é consenso entre diferentes autores.1,2,3,4,5,6,
Tal dimensão se estabelece como um campo de energia pulsante e se coloca como mecanismo central do nosso ser e da nossa consciência. É a força que determina se estamos saudáveis ou doentes, orienta o crescimento do nosso corpo, sendo também responsável pelas funções superiores de nossa mente. É a nossa memória e também o nosso coração 7. Tudo está nele e brota a partir dele, evocando o sentido daquilo que foi descrito por Hipócrates, o pai da medicina, a cerca da Physis Hipocrática 8.
Nas respostas da Metodologia BioFAO em interação com este campo biológico, observou-se que este se comporta como um campo integrado, colocando-se além da polaridade do eu e do não eu. Reflete a verdade de que “em nossa essência mais elementar somos uma carga de energia e que os seres humanos e todas as coisas vivas são uma fusão em um campo de energia conectado a todas as outras coisas que existem no mundo. Neste contexto, esse campo se coloca como o alfa e o ômega de nossa existência, e o nosso relacionamento com ele se estabelece como a nossa única verdade” 7.
Nas observações clínicas, este campo, quando corretamente informado, promove no indivíduo a sensação de pertencimento, de inclusão naquilo que Fritjof Capra descreve como Universo Participativo 9, evocando a ideia de não haver separatividade entre o Biocampo individual e esse campo quântico universal descrito como “campo de ponto zero”. Exatamente essa integração promovida pela BioFAO permite abertura de memórias para padrões compatíveis com a saúde, promovendo estímulos coerentes para a auto-organização necessária nos processos de cura.
Em 1994, um painel sobre modalidades manuais de curas envolvidas com medicina alternativa e complementar nos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA cunhou o termo “Biocampo” para o campo biológico 10. O termo Biocampo foi aceito pela Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA como um termo de pesquisa de cabeçalho (MeSH) médico. Em 1999, o Centro Nacional de Medicina Complementar e Alternativa dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH) emitiu um Pedido de Aplicação (RFA) para propostas de subsídios que tratam de terapias de Biocampo, como a homeopatia e outras.
Referências bibliográficas
1. RUBIK, B. – Can Western Science Provide a Foundation for Acupuncture? Am Acad Med Acupunct Rev. 1993; 5: 15-17.
2. RUBIK, B. – The Unifying Concept of Information in Acupuncture and Other Energy Medicine Modalities. J Altern Complement Med. 1997b; 3 (suppl 1): S67-S76.
3. TILLER, W. – What are subtle energies? J Sci Explor. 1993; 7:293-304.
4. POPP, F. A. – Evolution as the Expansion of Coherent States. In: Zhang C. L., Popp F. A., Bischof M. eds. Current Development of Biophysics. Hangzhou, China: Hangzhou University Press, 1996: 252-264.
5. SAVVA, S. – A Systems Approach in Biology and Biophysics. MISAHA Newsletter, 1997; 18-19: 2-9.
6. SAVVA, S. Toward a Cybernetic Model of the Organism. Advances in Mind-Body Med 1998; 14: 292-301.
7. MCTAGGART, L. – O Campo: em busca da força secreta do universo. Rio de Janeiro: Rocco, 2008.
8. CZERESNIA, D. – Constituição Epidêmica: velho e novo nas teorias e práticas da epidemiologia. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, vol. VIII (2): 341-56, jul.-ago. 2001.
9. CAPRA, F. e STEINDL-RAST, D. MATUS, T. – Pertencendo ao Universo. São Paulo: Cultrix, 1999.
10. RUBIK, B., PAVEK R., WARD R., GREENE E., UPLEDGER J., LAWRENCE D., RAMSDEN E. – Manual healing methods. NIH Publication Nº 94-066, Alternative Medicine: Expanding Medical Horizons. Washington, D.C.: US Government Printing Office, 1994a: 134-157.